:: AIA – ATELIÊ INTEGRADO DE ARQUITETURA ::
Escola de Arquitetura da UFMG - 2º semestre de 2019
Fundamentação para o projeto de arquitetura e urbanismo I
Professores
Eduardo Mascarenhas Santos
Erica Azevedo da Costa e Mattos
José dos Santos Cabral Filho
Sandro Canavezzi de Abreu
O objetivo geral do Ateliê Integrado de Arquitetura (AIA) é possibilitar aos alunos recém-ingressos no curso de Arquitetura e Urbanismo diurno da UFMG uma abordagem inicial e panorâmica das questões fundamentais inerentes à prática profissional. Juntamente a uma instrumentação básica por meio da estratégia de "aprender a aprender", objetiva-se enfatizar os processos criativos no uso dos instrumentos. Busca-se o desenvolvimento de postura crítica tanto para percepção quanto para proposição de espaços, além de desenvolvimento de linguagem própria de representação para lidar com projetos.
Por meio de atividades como workshops, leitura e discussão de textos e imersões em espaços dentro e fora da escola, a disciplina tem por intuito sensibilizar os alunos para a percepção, crítica e proposição de espaços. Para isso são propostos exercícios que lidam com a experiência sócio-espacial visando:
- Desnaturalizar o olhar;
- Ampliar a imaginação;
- Atuar, propor, construir;
- Comunicar (técnicas para invenção de linguagem própria).
As aulas são organizadas em torno da vivência dos espaço arquitetônico e urbano, da compreensão de sua configuração funcional e estética e de uma subsequente experimentação criativa.
01 :: Percepção ::
Objetivo [o estranhamento - mudar o olhar sobre a arquitetura]
Nesta etapa os alunos serão solicitados a trabalhar a percepção socioespacial, ou seja, tanto o espaço arquitetônico e urbano construídos, quanto o chamado ciberespaço (redes sociais etc.), principalmente observando as relações sociais que neles acontecem. O objetivo é duplo, no sentido de instrumentalizar e por meio da aquisição de habilidades instrumentais específicas, adquirir também uma capacitação perceptiva. A compreensão crítica dos espaços visa capacitar os alunos a propor novos espaços e a intervir em espaços existentes, sempre tendo em mente ampliar as possibilidades de ação dos usuários.
02 :: Imaginação ::
Objetivo [criatividade - aguçar a imaginação]
Nesta etapa o aluno é solicitado a trabalhar com a criação de objetos e espaços, tanto analógicos quanto digitais, buscando o aprimoramento de sua percepção espacial através da invenção de espaços em escalas e mídias diferentes. O objetivo é que o aluno se exercite na exploração de materiais diferentes, assim como no aprendizado de ferramentas digitais para modelamento espacial. Será demandado um registro desses espaços e objetos através de ensaio fotográfico e de animação digital.
03 :: Produção ::
Objetivo [construção - exercitar a habilidade de projetação]
Nesta etapa os alunos serão solicitados a projetar uma intervenção no Instituto Casa da Glória, em Diamantina, visando requalificar a funcionalidade de algum espaço considerado significativo. Será feita uma visita à cidade e os alunos ficarão hospedados no Instituto. A análise dos espaços será feita a partir de dinâmicas corporais, desenhos de observação e registro de imagem. O resultado do projeto será apresentado através de uma maquete eletrônica e um ensaio fotográfico.
04 :: Representação ::
Objetivo [escrever – registrar o objeto arquitetônico]
Nesta etapa os alunos serão solicitados a representar a intervenção através de um vídeo que revele a ambiência do espaço requalificado; um cartaz de apresentação do vídeo; e também um banner que deverá conter informações técnicas sobre o projeto, suficientes para que a intervenção possa ser construída sem a presença deles.
- Desenho de observação, croquis, produção de imagens digitais
- Análise crítica de espaços arquitetônicos
- Análise de projetos
- Percepção do espaço com o corpo e com ferramentas de medição
- Proposição de performance - ocupação do espaço com o corpo
- Seminário de Design de Interação e debate sobre interatividade e virtualidade
- Elaboração de objetos, maquetes e protótipos
- Proposição de interfaces para intervenção espacial
- Desenvolvimento de linguagem própria para representação técnica
- Desenvolvimento de linguagem própria para representação espacial
Textos:
- Bardi, Lina Bo, 'arquitetura ou Arquitetura'. Silvana Rubino e Marina Grinover (orgs.), Lina por escrito – textos escolhidos de Lina Bo Bardi, São Paulo: Cosac Naify, 2009, pp. 90–93.
- Flusser, Vilém. 'Nosso programa'. Pós-História: Vinte instantâneos e um modo de usar. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1983.
- Flusser, Vilem. 'Design: obstáculo para remoção de obstáculos?'. O mundo codificado, São Paulo: Cosac Naify, 2008, pp. 193–98.
- Banham, Reyner, ‘A black box: the secret profession of architecture’, in A critic writes: essays by Reyner Banham, Berkeley; Los Angeles; London: Univ. of California Press, 1999, pp. 292–99.
- Baltazar, Ana Paula e Cabral Filho, José dos Santos. 'Magia além da ignorância: virtualizando a caixa preta, texto publicado no livro FAD (Festival de Arte Digital), 2011.
- Baltazar, Ana Paula. 'Por uma arquitetura virtual: uma crítica das tecnologias digitais'. Revista AU, Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, nº 131, 2005, pp. 57–60.
- Haque, Usman. 'Arquitetura, interação e sistemas', Arquitetura & Urbanismo, agosto de 2006, pp. 68–71.
Livros:
Visitas/ Imersões:
- Museu de Arte - Pampulha (29/08)
- Diamantina (10/10 a 14/10)
- Inhotim (a definir)